... passando pelo vale árido, faz dele um manancial;"
Filhos de Coré. Salmo 84:5
Deserto é um lugar onde a vida é vivida no seu limite. Caminhar por um “mar de areia” demanda conhecimentos específicos; para os estranhos ao ambiente um guia, pois diante da imensidão de areia, onde as estradas não estão demarcadas, saber para onde se está indo, é prerrogativa dos adaptados àquele meio.
Nessa empreitada, o planejamento é de vital importância, os detalhes precisam ser calculados com exatidão; roupas adequadas para suportar a temperatura tórrida durante o dia e o frio intenso da noite, suprimentos suficientes até o próximo local de abastecimento e muita disposição.
Deserto, metaforicamente, representa circunstâncias complexas e até desesperadoras que experimentamos em certos momentos da vida, quando nos sentimos sem rumo, com a alma ressequida, tendo as lágrimas por nossa constante companheira. Nesses momentos, aos nossos olhos, o horizonte se configura num absoluto caos.
Os filhos de Coré, ao vivenciarem experiências semelhantes, estavam exilados e saudosos de Jerusalém (sua terra natal e lugar da presença de Deus), em meio à extrema adversidade nos ensinaram uma preciosa lição; encontrar-se e fortalecer-se no Senhor Nosso Deus; o que significa, permitir que Ele, por meio do Espírito Santo, em circunstâncias similares, transforme os desertos dos nossos corações em céu na terra.
Ao nos refugiarmos na força do Seu poder, as nossas almas ganham vitalidade e novas perspectivas; os nossos caminhos são aplanados e o vale árido é transformado em manancial.
Por isso, todos os que n’Ele crê sempre visualizarão no seu horizonte o despontar da esperança, porque o poder do Senhor, segundo os salmistas, é comparável ao resplendor do sol e em toda a sua força e glória, cuida de nós e não nega bem algum aos que andam retamente. (Sl. 84:11)
Pense nisso ao encarar o seu deserto!
Rev. Vagner Queiroz